sábado, 23 de junho de 2007

Que raios é a pós modernidade???

"A que chamamos pós-modernidade? (...)
Devo dizer que tenho uma certa dificuldade em responder a esta questão (...)
porque nunca compreendi completamente o queria dizer quando se empregava o termo modernidade." (M. Foucault)


Penso muito e ajo pouco, tem gente que dá um nome bonito p/ isso: ócio criativo. Me impressiono com essas pessoas que dão esses nomes para as coisas, o que faz com que coisas simples pareçam muito complexas.

Isso se aplica ao termo "pós-modernidade".

Essa semana, na minha incansável busca de texto para entender adolecentes, para tentar ser uma professora melhor e mais "antenada" (arg! hehehe), achei um intitulado "Adolescência: modernidade e pós-modernidade".

O texto é muito bom, mas não vou comentá-lo, se vc for professor(a), curioso(a) ou não tiver o que fazer e quiser ler esse texto, pode pegá-lo em http://www.joseouteiral.com/artigos.htm

Antes que alguém venha criticar a minha descoberta, e dizer que o conceito de pós-modernidade está completamente ultrapassado, posso dizer que a minha atual diversão é tentar descobrir o que é moderno e o que é pós-moderno.

É tipo um joguinho, ih, olha esse programa, hum... ele é pós-moderno! Esse, ah! esse tá mais p/ moderno. Aquele cara ali, hum, deixa ver...

Será que agora, eu tenho que ter pensamentos pós-modernos? Será que isso é uma moda?

Só p/ parecer um pouco pós-moderna, vou falar de outra coisa que aparentemente não tem nada a ver, mas no final vai ter:

Essa semana vi o MTV debate sobre gays que são católicos. O Jean, do Big Brother, lembra?! Ele estava lá. Ele é mto mais inteligente do que o Big Brother deixava parecer. Fiquei feliz que um cara assim, tenha ganho um milhão, mesmo que por trás disso mta gente tenha ganho mtos outros milhões. Mas voltando ao debate, os representante da igreja disseram que não são contra os gays, desde que eles sejam celibatários.

Hum... bem isso não é nem moderno, nem pós-moderno, é medieval!

Nota final: Esse personagens são fictícios e o texto acima não representa necessariamente a opinião da "proprietária" desse blog, não sendo ela responsável pelo conteúdo apresentado.

"Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda"

tã, tã, tãrãrã... tã, tãrãrã, tã, tã, tã, tãtãtã

domingo, 17 de junho de 2007

Se Nietzche tá errado, imagina Platão???

Ok, gente, não se assustem, eu não vou escrever sobre filosofia, pelo menos não sobre coisas muito complexas.

Uma das grandes frustações que temos é quando, diante de um "insight", uma idéia genial nossa, alguém vem e diz: "ah! Mas fulano (que geralmente é um grande pensador da humanidade) já disse isso há muito tempo! Sua idéia não é original!"

Somos movidos por uma necessidade de sermos autênticos e criativos, dai a frustração que se segue quando alguém nos diz que não fomos originais. Como passei muito por essa frustração quando criança e adolescente, tento fazer ao contrário quando meus alunos têm esses tipos de "insights". Eu digo: "parabéns! Você chegou sozinho onde um grande pensador chegou!" Acho que isso é um pouco mais estimulante.

Mas voltando as minhas frustrações infanto-juvenis, uma que eu carrego até hoje é: descobrir um conceito novo e complexo, entendê-lo e logo em seguida descobrir que ele já foi há muito ultrapassado.

É igual entender a Lei da Gravitação Universal no colégio e depois descobrir que a Einstein disse que a gravidade não existe, que o que acontece na verdade é que o Universo é curvo. Até eu entender isso, essa idéia de universo curvo já está mais do que ultrapassada (se já não estiver).

O que me motivou a escrever essa semana foi um livro que eu comprei para dar de presente. O livro chama-se "Nietzche e a Educação (de Jorge Larrosa, ed. Autentica). Não li o livro, pois era um presente, mas antes de comprar, dei uma olhada. No começo, o autor explica que Nietzche, apesar de superado, tinha uma grande importância pedagógica pela forma "como ele desmonta os pressupostos hermenêuticos da velha educação humanística."

Mas, putz! Pára tudo! Eu ainda estou aprendendo sobre o humanismo, mal sei o que é hermenêutica e alguém vem e me diz que Nietzche já desconstruiu isso tudo e que ele mesmo já foi superado!

Isso me deu uma certa dor de cabeça, e quem me conhece sabe que dificilmente eu tenho dor de cabeça.

Quer dizer, eu nunca nem li nada sobre Nietzche, pois considerava que primeiro precisava entender melhor os pensadores clássicos, e essa semana descobri que ele já era! O que fazer agora? Ignoro o Nietzche para todo o sempre.

Logo depois descobri que o Michael Apple, que é o autor do livro que eu comentei no último "post" também já foi ultrapassado pq ele é Marxista. Mas espera ai! Quase todos os autores atuais que eu leio são marxistas! O que eu faço???

Essa coisa de cultura deixa a gente meio perdido, meio deprê! Acho que vou ver a "Dança dos Famosos"!

Ah, outra coisa! Alguém ai me explica o que é a pós-modernidade!!!

terça-feira, 12 de junho de 2007

sobre o dia dos namorados e o pseudo-intelectualismo

Como estou solteira, resolvi me dar um presente de dia dos namorados.
Cedendo aos apelos capitalistas, a lógica é a seguinte: se não vou gastar dinheiro com alguém, gasto comigo mesma. Já ia gastar aquele dinheiro de qq forma, certo?!
Para creer que eu não sou tão influenciada pela sociedade de consumo, comprei um livro e mais ainda, um livro que critica o Capitalismo, hehe.

O livro chama-se "Educando à Direita - Mercados, Padrões, Deus e Desigualdade" e é de um autor norte-americano chamado Michael Apple, a quem tive a felicidade de "conhecer" no ano passado.
O Michael Apple critica a influência do capitalismo e neoliberalismo na política educacional dos EUA. Mas no fundo, o que ele escreve parece mto com o que vemos no Brasil (pq será?!).
Já no prefácio, uma passagem critica a classe média, o que vou transcrever no texto a seguir:

"Se, se um lado, os intelectuais da pequena burguesia manifestam seu antagonismo aos discursos e posições hegemônicos-conservadores - exprimindo seu intimismo - por outro, a eles aderem, e até mesmo servem - ficando à sombra do poder - porque na crítica, tomaram o cuidado de não atacar os problemas mais estruturais, possibilitando esta conciliação entre oposição e situação."

Eu poderia dar vários exemplos sobre isso, mas gosto muito de um: se por um lado, como professora, quero uma educação pública, de qualidade e libertária, por outro, como indivíduo, quero que meus filhos tenham acesso à uma escola que lhes permita passar no vestibular para uma boa universidade. Isso está acima da proposta pedagógica da escola.

Fiquei me sentindo uma pequena burguesa... uma pseudo-intelectual cooptada (adorei isso, "vira-e-mexe" me sinto assim!).
Mas por outro, o livro custou 40 reais. Se eu não fosse uma "pequena burguesa", não teria comprado o livro.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

um breve desabafo sobre os conflitos de identidade e realidade...

Dividindo centenas de milhares de identidades por ai afora.

Demora, mas a gente descobre que no mundo em que vivemos não temos mais 1, mas várias identidades a compartilhar. É tudo uma questão de se libertar dos rótulos, ou ao contrário, de usar um montão deles.

Acho que esse é um processo um pouco doído para a minha geração, acostumada a pensar que só somos especiais quando temos uma identidade e que estamos enquadrados em um grupo.

A internet tem um papel fundamental nisso. O sonho do conhecimento múltiplo e livre.

Essa é a próxima revolução, certo???

Silenciosa e pacífica como previa Gandhi.

Será??? Será que essa não é só mais uma ilusão de Maya a deusa hindu da ilusão?

Maya é a ilusão, a fantasmagoria que gera confusão que ilude a consciência das Entidades Vivas, que as impede de ver o Real.

Costumo brincar que às vezes vejo Maya dançando, ouço o som da música...

A música dela traz um sentimento dúbio: deixo-me seduzir, caio na dança ou fico atenta e escapo das armadilhas da ilusão.

Na filosofia oriental, pelo o que entendo, Maya não é um ser ardiloso, é ao também o poder criador do deus Brahman.

Então, a ilusão é criativa?!

Sempre fico na dúvida se me entrego ou se fujo da música... Fico mesmo na dúvida se deveras ouço essa música (usando deveras pela primeira vez na vida).

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Já repararam o quanto assistir ao Jornal Nacional é emocional?!

Após algum tempo de alienação premeditada, hj eu voltei a assistir ao Jornal Nacional.

Foi super emocionante e na falta de ter com quem comentar, fica aqui registrado.

Para começar, fiquei sabendo que o presidente da Venezuela criticou o senado brasileiro.
Antes de tudo preciso explicar que passei por uma intensa fase de alienação voluntária, assim como um método zen-budista-ocidental-contemplativo (se isso colar eu ganho dinheiro).
Mas voltando à Venezuela, não entendi pq tamanha indignação com o presidente, afinal alguém que fala mal do senado brasileiro tem grandes chances probabilística de ter razão.


Logo depois, voltaram a falar mal da Venezuela, desta vez em outra reportagem, sobre o encontro da OEA (Org. dos Estados Americanos?!). A "Sr. Arroz" falou que os países americanos deveriam intervir na Venezuela, pois ela ameaça a Democracia! Hum... mas peraê! Intervir em um país não é contra os ideais democráticos? O país da "Srta. Arroz" já não faz isso em outros países?


Neste momento, uma vozinha em minha mente diz:


- Isaba, quem falou em ideais? Estamos falando da grande e bela Democracia. Isso não tem nada a ver com ideais!


Por último, mas não menos importante, vi uma reportagem sobre uns grafiteiros brasileiros que pintaram um castelo na Escócia do século 13 (ai do lado). O Sr. "Conde-sei-lá-do-que", dono do castelo, achou a princípio tudo muito estranho, mas agora ele está se sentindo um visionário renascentista.

Enfim, o JN me fez relembrar uma filosofia que eu aprendi vendo Smallville, ontem de manhã no SBT (só p/ não dizer que eu tô puxando saco da Globo): a natureza humana é muito dual.

Isso foi dito por um criptoniano para o Clark Kent. Eles discutiram pq o tal criptononiano não entende pq o Clark se envolve tanto com 0s humanos, que afinal são seres tão evolutivamente involuídos!

"Oh! Cride, fala p/ mãe: - Que tudo que a antena captar, meu coração captura!"