terça-feira, 2 de novembro de 2010

São tantas coisas que tá difícil dar um título!

Estou com tantas idéias na cabeça ao escrever este post que acho que será difícil expressá-las em um texto. rs

Bem, então, como de costume, vou contar uma historinha. Hoje, antes de pegar o ônibus para subir a serra, como de costume, passei na banca de jornal da rodoviária (que infelizmente não é aquela grandona da rodoviária novo rio). Adoro "paquerar" revistas na banca de jornal. Isso é uma herança da minha infância em que eu tinha o dinheiro contadinho para comprar revistinhas da turma da mônica e figurinhas.
Hoje, comprei uma revista de decoração, uma "Scientific American" e quando fui pagar, vi um livro da coleção da folha de SP "A Metafísica dos Costumes" de Kant. Bom, comprei também. Ai acho que o meu texto pode se dividir em 2 partes:

Parte I
Sobre as "coincidências" ou interligações das idéias


Sábado, vi pela milésima vez AI. Tenho uma atração especial por filmes e livros que discutem a questão moral da relação dos humanos com inteligências artificiais. É facinação mesmo de pensar sobre isso, vai explicar, né?! rs Lamento não ter lido ainda Eu, Robô e outros livros do Asimov. Até hoje só li "O Despertar dos Deuses" que é ótimo, mas não está dentro desta temática. Na "Scientific American" que eu comprei tem uma reportagem sobre a possibilidade (ou não) de se inserir decisões éticas em robôs com AI e mostra que inclusive já foi programado um robô com um princípio ético. Bom, terminada a revista, parti para o livro que tem toda a sua segunda parte dedicada a reflexão sobre... A Ética! Nossa, não é tudo muita coincidência? Quer dizer, o filme passou na tv no sábado, e eu comprei esses dois materiais (sem essa finalidade). Bom, já vi que o Kant tem um pensamento bem oposto ao pós-moderno mas vou usá-lo de maneira hipertextual para retomar minhas reflexões sobre a história da moral e da ética (e quem sabe finalmente ler Eu, Robô e ver 2001, Uma Odisséia no Espaço).


Parte II
Sobre como o principio da autoridade nos inibe de aprendermos


Bom, sempre gostei de filosofia. Deve ser porque fui uma criança bem tímida, o que me fez pensar muito. Só que nunca estudei isso na escola, por exemplo. Na escola, me lembro de ter estudado os iluministas na aula de história e de ter gostado muito e de ter ganhado o Mundo de Sofia de uma amiga que desistiu de ler e me deu. Disse ela: ah, é muito viajante, você vai gostar! (o que foi uma crítica, eu acho, rs). Foi ai então que eu me apaixonei mesmo por filosofia, mas enfrentava muita dificuldade de conversar com as outras pessoas pois, ou as elas ignoravam totalmente a filosofia, ou sabiam demais para conversar com uma adolescente como eu que sabia muito pouco. Me convenci então que deveria estudar os principais filósofos começando pelos gregos. Fui fazendo isso, até que um dia conheci um professor de filosofia que disse que isso era uma grande bobagem, que eu ia estudar tudo isso só para depois ver que existia uma filosofia contemporânea completamente diferente do que eu tinha estudado. Ou seja, foi um banho de água fria, porque assim... quem são os filósofos contemporâneos? Na época eu não tinha o google e me senti fadada ao grupo de quem não sabia nada de filosofia e não teria tempo e paciência na vida para aprender. Mas, é claro que continuei gostando e tentando entender. Foi quando eu comecei a dar aulas (de Biologia, que é minha área de formação) e quando damos aula, passamos a não ter mais medo de aprender sobre nada, porque a gente tem que ensinar, logo, precisa aprender, sempre. Ai, hoje em dia, quando eu começo a ler sobre um assunto, ainda ouço os fantasmas falando: "isso é inútil, ultrapassado, todo mundo sabe"! Mas, "dou de ombros" para eles e vou em frente. Estou aprendendo a espantar os fantasmas.