quinta-feira, 31 de julho de 2008

A verdade está lá fora?

Hoje, ao ler as notícias do dia, me deparei com uma bela imagem que vocês verão logo abaixo. É a imagem de uma nebulosa. O termo nebulosa é usado para definir os estágios finais de estrelas de pouca massa. Como sei isso? Pelo simples fato de achar imagens do espaço muito bonitas, acabo aprendendo um pouquinho sobre o universo. O que tem lá, como é... Minha paixão é tão grande, que até coloquei as minhas imagens preferidas em um álbum do meu perfil do orkut, o qual intitulei: "A verdade está lá fora?". Neste título eu resolvi brincar com o slogan da série "Arquivo X" que afirma que a verdade está lá, eu, particularmente, me permiti o benefício da dúvida.

Mas, o que motivou minha postagem de hoje, foram os comentários dos leitores encontrados abaixo da reportagem sobre a tal nebulosa. Os comentários pareciam uma verdadeira guerra religiosa. De um lado os ateus adoradores da "Ciência" e do outro os crédulos adoradores da "Criação Divina". Todos duelando pelos créditos da beleza da imagem.
Dei um grande suspiro diante de tanta mediocridade. Eu mesma sempre me pergunto porque leio os comentários dos leitores. Sempre tenho essa sensação... vai ver é um tipo de masoquismo!

Mas, mudemos de assunto, contemple você também essa imagem:

domingo, 27 de julho de 2008

Série Ciência e Fé

Essa semana tem mais uma reportagem da coluna Ciência e Fé do G1.
Nessas reportagens, estudiosos explicam suas pesquisas históricas sobre a Bíblia.
Eu já me baseei em 2 dessas reportagens para escrever meus posts aqui do blog.
Na reportagem dessa semana, é discutida a autoria dos evangelhos. Nela, são explicadas possíveis diferenças culturais entre os evangelistas que podem ter influenciado em seus textos.
Vale a pena dar uma conferida!
Evangelhos são obra de autores desconhecidos, dizem pesquisadores - G1 27/07/2008

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Habeas corpus para Jefferson

Em geral, eu costumo comentar aqui no blog coisas que eu li ou vivi.
Hoje vou apenas postar um texto do jornalista Zuenir Ventura, a quem admiro muito, que eu recebi por e-mail de um amigo em resposta ao meu "e-mail-indgnação" que eu coloquei em minha última postagem.
O texto do jornalista demonstra de forma muito inteligente como a justiça nesse país é injusta (tá certo, o trocadilho é muito ruim, pior ainda pq é real).

Boa Leitura!

Habeas corpus para Jefferson


Aproveitando a onda do liberou geral, anuncio que estou em campanha para obter um habeas corpus. Não para mim. A seguir, vocês verão para quem, conhecerão minhas alegações e espero que me apóiem. Se em menos de 48 horas Daniel Dantas ganhou dois. Se Naji Nahas, Celso Pitta e todo o grupo também conseguiram os seus rapidamente.
Se Salvatore Cacciola, velho freguês, vai obter outro mais cedo ou mais tarde, por que Jefferson Hermínio Coelho não merece um, após 20 dias de prisão? Para quem não leu a notícia, ele cometeu um crime com requintes de azar e confusão. Imaginem que com tanta gente para assaltar num domingo de junho na orla de Fortaleza, foi escolher logo quem? Logo o presidente do Supremo Tribunal Federal! Assaltar, não, roubar. Que roubar? Nem isso. Tentou e fracassou. Tão desastrado é que, ao arrancar o cordão de ouro do pescoço do ministro Gilmar Mendes, foi agarrado por dois PMs e dois seguranças que escoltavam o juiz.
Jefferson tem 18 anos e é um amador, aprendiz de assaltante. Pelo fiasco, encontra-se numa cela com mais quatro presos, e ainda não pôde receber qualquer visita. Nem do pai, que está indignado. Queria para o filho o tratamento que a vítima dele, como presidente do STF, concedeu ao dono do Opportunity, mandando libertá-lo duas vezes, apesar das acusações de formação de quadrilha, corrupção ativa, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira.
A madrasta do rapaz está igualmente revoltada. “Não sei se foi uma aventura ou brincadeira de mau gosto. Mas ele é réu primário e, por lei, tem direito a responder em liberdade”, alega Antônia Raimunda. Mas, também, por que a família não arranja um bom advogado? Por menos de R$ 1 milhão, conseguiria um no Rio ou em São Paulo.
Se o seu caso fosse parar no STF, Jefferson encontraria certamente a boa vontade de vários ministros, inclusive da vítima, que já tinha recebido críticas pela suposta liberalidade com que mandou soltar presos da Operação Navalha na Carne em 2007. A repórter Carolina Brígido revelou numa matéria como a Casa é pródiga na concessão desse instrumento para réus ainda não condenados em última instância. Todos os dias, segundo ela, uma “enxurrada de pedidos” chega lá. Também no ano passado, o ministro Marco Aurélio Mello mandou libertar 20 presos da Operação Hurricane, entre os quais o bicheiro Turcão. Isso sem falar no famoso, controvertido habeas corpus de 2000, graças ao qual Cacciola fugiu para a Itália, onde viveu livre e solto por oito anos, até dar uma chegada a Mônaco com a namorada, achando com certeza que estava no Brasil. Foi preso. O pedido de extradição acabou sendo aceito, e ele voltou declarando: “Estou tranqüilo, confio na Justiça brasileira.” Pena que Jefferson não possa dizer o mesmo.

sábado, 19 de julho de 2008

Antendendo à previsões trágicas

Estava com pouco tempo para escrever no blog, e agora que estou de férias por 2 semanas, tinha pensado em várias coisas sobre as quais eu poderia escrever. Mas, infelizmente, começarei com uma má notícia.
Em maio, escrevi sobre uma tribo indígena que se estabeleceu no bairro de camboinhas, Niterói.

Essa semana, infelizmente soube que as ocas dessa tribo foram incendiadas.
Abaixo segue o e-mail de desabafo que escrevi para alguns amigos e um vídeo com uma reportagem feita pelo Jornal Hoje sobre o assunto.

Lembram dos playboys que colocaram fogo em um índio em Brasília?
Onde eles estão? O que aconteceu com eles?

Pois bem, essa semana, em Niterói, colocaram fogo em ocas de índios que viviam sobre um sambaqui em camboinhas, aqui em Niterói.
Você ouviu falar sobre isso? Provavelmente não. A imprensa pouco divulgou.
Por isso estou mandando esse e-mail! Para que isso seja divulgado!
Abaixo segue um link com uma reportagem sobre o assunto feita pelo globo online. Mas não deixem de ler os comentários altamente preconceituosos dos leitores! Provavelmente eles pensam igual a quem colocou fogo em moradias, um templo e uma escola usados por mais de 30 índios!
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/07/18/ief_suspeita_que_incendio_em_ocas_de_niteroi_foi_criminoso-547311908.asp
Esse é o país em que vivemos!
É foda!


domingo, 13 de julho de 2008

Visões sobre o feminino - Parte 2

Bom, há muito tempo há trás, eu escrevi um post intitulado "Visões sobre o feminino - parte 1".
Na época, eu estava muito impactada pela leitura de um livro chamado "O Martelo das Feiticeiras" que foi escrito em 1484 por dois inquisidores.
Na verdade, o impacto foi causado pela leitura da introdução histórica feita pela escritora Rose Marie Murano. Nessa introdução, ela narra de forma breve e clara, o papel social da mulher desde a emergência dos grupos culturais humanos, até os dias de hoje. Eu pretendia então dar continuidade aos meus estudos sobre o assunto e escrever mais aqui sobre isso, coisa que acabou não ocorrendo.

O que teria então me estimulado a retomar essa temática?
Bem, a minha postagem de hoje foi inspirada em uma reportagem que eu li sobre Maria de Madalena.

A figura de Maria de Madalena ganhou grande projeção atual e polêmica com o livro e o filme "Código da Vinci", pois a história sugere um possível envolvimento amoroso entre ela e Jesus. Essa idéia já foi cogitada muito antes do autor Dan Brown lançar esse romance, mas não é sobre ela que eu pretendo falar.

Há um ano, mais ou menos, assisti a um documentário da BBC pertencente a uma série chamada "Mistérios da Bíblia". Fiquei surpresa com a afirmação de que não há nenhuma referência nos textos sagrados de que Madalena teria sido uma prostituta, pois essa é uma idéia muito difundida. De fato, procurando mais tarde, pude perceber que não há essa referência nos evangelhos.

O documentário e a reportagem que eu comentei acima, destacam, a partir de estudos históricos, que muito provavelmente, Madalena foi na verdade uma discipula de Cristo, sendo a primeira a testemunhar sua ressurreição.

Segundo a reportagem: De fato, ao contrário de todos os líderes religiosos judeus antes e depois dele (antes da época moderna, claro), Cristo não via problema algum em ter seguidores dos dois sexos. "Duas das qualidades extraordinárias de Jesus são o fato de que ele recrutava seguidores e era itinerante. Mas o que é ainda mais incomum é o fato de ele recrutar seguidores do sexo feminino e masculino e viajar com ambos", escreve Ben Witherington III, especialista em Novo Testamento do Seminário Teológico Asbury (Estados Unidos).

Ambos os fatos seriam considerados escandalosos para os judeus do século I, para quem as mulheres deveriam ficar em casa com seus maridos e, quando viajassem, teriam de ser acompanhadas por parentes do sexo masculino. Segundo o padre John P. Meier, professor da Universidade de Notre Dame em Indiana (EUA) e autor dos livros da série "Um Judeu Marginal", sobre a figura histórica de Jesus, o escândalo é um ótimo motivo para acreditar que esse grupo de seguidoras, incluindo Maria Madalena, realmente existiu.


O documentário questiona a quem serviria essa deturpação da imagem de Madalena.

O que você acha?

Fim do post.

sábado, 5 de julho de 2008

Tom Zé! Tom Zé!

2 postagens em uma semana!
Viva às minhas insônias!

Bom, hoje, para a minha felicidade, vi uma entrevista com o Tom Zé!
Sempre é muito bom ouvi-lo.

Dai lembrei de um clipe dele que eu vi no AnimaMundi!
Como Tom Zé e o AnimaMundi foram duas coisas que eu descobri por acaso e gosto muito, resolvi postar o clipe aqui.

Falando no AnimaMundi, ele começa semana que vem. Mal posso esperar. Para quem nunca foi, eu recomendo!



O Amor é um Rock
Tom Zé

Composição: Tom Zé

- Jasão chora os filhos mortos: Se você tá procurando amor
Deixe a gratidão de lado:
O que que amor tem que ver
Com gratidão, menino,
Que bobagem é essa?


- Dr. Burgone:
O amor é egoísta,

- Coro de Medéia:
Sim – sim – sim, Tem que ser assim.

- Dr. Burgone:
O amor, ele só cuida

- Coro de Medéia:
Si – si – si
Só cuida de si.

- Dr. Burgone:
Então quer dizer que o amor é mesmo sem caráter?

- Coro de Medéia:
Sim – sim – sim – sim
Tem que ser assim,

- Dr. Burgone:
E sem caráter, de quem é que ele cuida?

- Coro de Medéia:
Si – si – si
Só cuida de si.

- Medéia, Ariadne e Electra:
Sem alma, cruel, cretino,
Descarado, filho da mãe,
O amor é um rock
E a personalidade dele é um pagode.

- Canto de Ofélia:
Meu primeiro amor
Tão cedo acabou
Só a dor deixou
Neste peito meu.

Meu primeiro amor
Foi como uma flor
Que desabrochou
E logo morreu.
Nesta solidão,
Sem ter alegria
O que me alivia
São meus tristes ais.

São prantos de dor
Que dos olhos saem
Pois que eu bem sei
Quem eu tanto amei
Não verei jamais.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Observando a diversidade

Dou aula em um colégio que tem alunos com realidades muito diversas. Lá há alunos muito pobres, que vivem com situações muito precárias, alunos classe média de todos os tipos e alunos com muito dinheiro.
O que diferencia as pessoas, é claro, não é o dinheiro, mas é também claro que, pessoas com realidades sócio-econômicas tão distintas, tendem a ser muito diferentes.

Você pode se perguntar, como essas pessoas convivem em um mesmo colégio e eu te respondo, esse colégio é um colégio público de qualidade, que atualmente conta com um acesso democrático, ou seja, a entrada de alunos é por sorteio, então, lá encontramos indivíduos muito diversos.

Essa diversidade, certamente tem um impacto muito grande no meu trabalho, mas não chega a ser um problema, e sim um desafio: o desafio de enxegar as particularidades e entender como elas afetam (ou deveriam afetar) meu planejamento e ações.

Quando eu comecei a dar aulas em um colégio particular, a princípio, achei que os alunos tinham realidades mais parecidas entre si, mas com o tempo, convivendo mais e, digamos, enxergando melhor, vi que as diferenças existem, porém são menos evidentes.

Essas diferenças não poderiam deixar de existir, pois, se pensarmos bem, entre outras coisas, não existe mais um padrão familiar. Há famílias, com pais (juntos ou separados), padrastos, madrastas, namorados, com ou sem irmãos, enteados, etc, e essa diversidade certamente se reflete na formação das crianças e dos adolescentes.

Acho que não devemos nos prender em estereótipos do tipo: se o aluno é pobre tem problemas, se o aluno é rico, não tem do que reclamar.

O ser humano é muito mais complexo do que isso, e essa percepção da complexidade é fundamental para o trabalho docente.