quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O que aprendi em 2009

Fazendo aquelas tradicionais reflexões de fim de ano (e olha que este fim de ano me obrigou a refletir muito) fiquei pensando no que quero para o ano que vem, mas também no que aprendi com o ano que passou.
Parei para pensar que todos os anos da minha vida são melhores do que o anterior, o que me faz pensar que ano que vem será o melhor da minha vida, assim como os outros que virão (Espírito Sagitariano).

Mas falando ainda de 2009, há umas duas semanas, tudo o que eu queria era que ele acabasse logo e que eu pudesse dormir e só acordar em 2010. Mas hoje, pensando, antes de fazer uma lista do que eu quero fazer no ano que vem (as famosas resoluções de ano novo), vou fazer uma lista de algumas coisas que aprendi neste ano que ainda não acabou:

1- A maior limitação de nossas vidas é a nossa mente. Passei o ano convivendo com pessoas maravilhosas que usam a maior parte do tempo se limitando mentalmente. É preciso aprender a se permitir (como diria o Lulu Santos em Tempos Modernos).

2 - Quando eu me senti sozinha, pessoas maravilhosas e especiais apareceram na minha vida e eu deixei que elas entrassem e não me preocupo se elas não estiverem mais aqui no ano que vem. Só o tempo que eu convivi com elas foi bom e único, as experiências fazem parte de mim, e o apego só traria sofrimento. É tão bom poder respirar fundo e sentir a leveza do desapego.

3- Devemos viver com alguém que esteja sinceramente disposto a fazer isso. Disposto a construir e não a encontrar uma receita pronta ou a "salvação" em alguém. Felicidade e bem estar não vem em pacote de sopa instantânea, nem é igual ao que vemos na T.V.

4- Devemos estar inteiros, pois o mundo é um moinho, tritura nossos sonhos e a vida continua, as pessoas assistem e acham tudo "natural", não lutam, não se apoiam, se conformam. Nós é que temos que pegar a mistura e nos reinventarmos.

5- Quando estamos abertos, na vida as coisas se encaixam, acontecem. As "coincidências" acontecem, mas eu não acredito em coincidências e sim em sincronicidade e na conexão com a energia suprema. Por isso é preciso estar disposto. Disposto a viver e ser feliz.

Como sempre digo, essas são as minhas idéias, e não receitas para ninguém. Apresar de usar os verbos "dever", "ter", acho que cada um deve e tem que fazer o que acha que é bom para a sua vida, desde que nesse caminho, respeite os outros.

Ser feliz é uma escolha e não um estado de espírito!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Ah... Sensatez

Pense em um adjetivo para me definir!

Acho que aproximadamente 80% dos meus amigos diriam: sensata.

Tudo isso começou quando eu era criança. Meus amigos e familiares já me achavam sensata, mas essa idéia começou a ganhar força mesmo durante a faculdade. Essa coisa de me acharem muito sensata já me incomodou muito e segundo uma amiga, eu até já tomei atitudes tentando "fugir do rótulo", mas ainda segundo ela, isso não deu certo, tanto que ela escreveu mais ou menos isso na minha frase de formatura.
Dei uma olhada no dicionário e descobri que sensato é aquele que tem bom senso, é ajuizado e prudente. Bom, mas o que é ter bom senso? Ainda segundo o dicionário, senso é 1. Faculdade de julgar, de raciocinar 2. Siso, juíso, tino. Siso??? Isso é engraçado, pois o dente siso é o dente do juízo e eu tenho os 4 nascidos e crescidos, não arranquei nenhum.

Bem, lendo o dicionário, até achei mesmo que sou uma pessoa sensata e minha vaidade sagitariana se manifestou, mas o objetivo desse post não era falar sobre isso e sim falar sobre a mania que meus amigos tem de me acharem sensata.

Em geral, isso se manifesta mais quando eles vem desabafar ou pedir conselhos sentimentais. Baseados nessas questões recorrentes, resolvi fazer uma lista sobre a minha visão em relação a essas questões. Veja essa é MINHA opinião. Cada pessoas encara a vida de um jeito singular então, nada é regra e nenhuma idéia se aplica a toda a humanidade.

Ai vão algumas idéias minhas e algumas considerações sobre elas:

1. Não faça de ninguém sua redenção.
Redenção quer dizer salvação. Não ache que ninguém é sua salvação. O amor romântico se baseia na idéia de que alguém pode te completar, ser sua alma gêmea. Isso é besteira. Sabe aquela insatisfação e falta de plenitude que você sente? Sinto muito, você vai sentir isso até morrer, não vai haver ninguém que resolva isso. Quando estamos apaixonados, temos a falsa sensação de que completamos o que faltava em nós mesmos, mas quando a euforia da paixão passar, isso volta. Essa crise existencial é própria da existência humana, do fato de nos reconhecermos como sujeitos, e não há nada que a cure, felizmente, pois é isso que nos move. Só devemos aprender a lidar com essa angústia com mais tranquilidade.

2. Não dependa de ninguém para ser feliz.

Felicidade é uma coisa muito subjetiva. Cada um tem um cojunto de atitudes e coisas que estimularão sua felicidade. E se somos indivíduos diferentes, ou seja, com diferentes receitas de felicidade, como alguém pode ser a resposta para a nossa receita? Um bom parceiro pode ser um bom ingrediente, aquele que dá um toque especial ao bolo, como por exemplo a canela, a baunilha, mas não há ingredientes indispensáveis, com criatividade, tudo pode ser modificado.

3. Não passe sua vida esperando estar com a pessoa ideal para ser feliz.

Bom, eu nem acredito nessa coisa de pessoa ideal. Quem me conhece sabe da "teoria dos seis bilhões". "Existem seis bilhões de pessoas no mundo. Excluas as que não te interessariam e ainda sobra muita gente interessante." Nada no mundo é insubstituível, nem você. Nascemos, crescemos e estamos caminhando para a morte, então permita-se viver, errar, acertar, mudar de opinião.

4. Seja paciente com as pessoas.
Essa dica vale inclusive para mim, e acho que é a mais difícil. Por que esperamos tanto das pessoas? Quer dizer, todos nós estamos nesse barco estranho que é a vida. Temos fragilidade e fraquezas, então por que estamos tão intolerantes uns com os outros? Isso não quer dizer que temos que aturar ninguém, nem deixar de julgar os outros. Essa coisa de não julgar para mim é uma das maiores hipocrisias que existem. Todo mundo julga todo mundo o tempo todo, o que muda é como as pessoas manifestam esse julgamento. Mas, acredito que, não devemos deixar que o que consideramos como "defeito" no outro nos afete. Alguém é falso ou inconveniente? Ignore. Mas ignore do fundo da sua alma. O que isso importa na sua existência? Buda nos ensinou que tudo é transitório e que o apego gera o sofrimento. Logo o defeito de alguém e a própria existência dessa pessoa são transitórias, assim como a sua, logo, não esquente muito a cabeça.

A saideira e a conta!