quarta-feira, 11 de julho de 2007

Sobre o pan... ah! vamos falar de outra coisa

Minhas caras e meus caros (damas primeiro),
Ia escrever um texto para falar mal do PAN, mas pense bem...
Só nesse blog, eu já falei mal do Jornal Nacional, dos EUA, do Live Earth, da Classe Média, ...
Enfim, tenho ainda uma grande lista de coisas a falar mal.
Fazer o que?! Viver em sociedade inspira críticas e digamos que a nossa sociedade inspira muitas (desde uma escala que vai de Niterói ao Brasil, p/ não falar do mundo).
Dia desse, comentei brincando, com uma amiga, que tenho que parar de fazer críticas, afinal, sou uma mulher solteira e mulher solteira reclamando, hum... é sinal de que é "mal-amada" (ou se prefirirem, "mal-comida").
Bom, o que me consola é que se eu estivesse com alguém, teria outras exigências como: quando casar, depois quando ter filhos, depois mais filhos, netos, ...
Essa coisa de que a mulher tem os mesmos direitos que os homens é uma grande balela.
Sei que estou longe de ser a primeir a dizer isso, mas só gostaria de ilustrar mais o assunto.
Todos certamente lembra da mulher que foi espancada na Barra, primeiro por que acharam que ela era prostituta e depois porque "isso não era hora de mulher direita estar na rua".
Todo dia que eu saio para trabalhar às 5h50 da manhã, está escuro ainda. Todos esses dias eu lembro dessa história e quando eu vejo as pessoas na rua, torço p/ quem pensem que eu sou uma "moça direita e trabalhadora". É minhas caras e meus caros... é aqui onde chegamos.
Além disso, sou obrigada, quando vou à banca de jornais, a ver pilhas de revistas com "mulheres objeto" e não são só as revista de mulheres peladas não! As próprias revistas ditas femininas tratam as mulheres como objetos que devem se esforçar para cumprirem um rótulo de ser gostosa, agradar a um homem na cama, etc, etc.
Quando chego em casa, ainda vejo comerciais de cerveja. Esses então, nem preciso comentar.
Já cortei da lista de cervejas que eu bebo a Cintra e a Sol pelo conteúdos extemamente machistas, daqui a pouco não sobra nenhuma marca.
Nem os livros didáticos escapam! No ano passado, na licenciatura, vi que os textos sobre a parte de reprodução humana mostram uma mulher passiva frente a um homem que é ativo e determinante. O óvulo é uma célula grande e monótona, enquanto o espermatozóide é ativo e decisivo. Uma grande distorção que foi considerada como "muito natural" pela maioria dos alunos com quem conversei na época. A maioria dizia: "ué? Mas não é isso mesmo?!".
P/ terminar sem reclamar, p/ enfim não acusarem que minha impaciência e intolerância tem um fundo afetivo-hormonal, deixo um trecho da música "Primeiro de Julho" de Renato Russo (se não me engano) brilhantemente gravada por Cássia Eller. Sempre que ouço essa música, acho que quem escreveu entende bem do assunto de ser mulher!
Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou
mulher

Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem
quiser


Para quem quiser ver o resto da letra:
http://vagalume.uol.com.br/cassia-eller/1-de-julho.html
Quem se interessar sobre as representações
em livros didáticos citadas, me manda uma msg
que eu digo o nome do texto.

Nenhum comentário: