quinta-feira, 15 de outubro de 2009

No limite! E não é reality da globo.

Chegou o tempo de parar e re-avaliar. Sei que isso parece coisa de ano novo, fico até me imaginando tipo a Bridget Jones: "cigarros:20; doses alcóolicas:10; peso: 64kg resoluções de ano novo:5" mas e sempre tem um mas, não fumo, não bebo tanto; não quero emagrecer e ainda não é ano novo.
Mesmo assim, cheguei ao meu limite e hoje, parei para pensar, me permitir, sabe, que nem aquela música do Lulu Santos?

Estou chegando ao meu limite do estresse. Trabalho 43 horas por semana só nos trabalhos, sem contar o que faço em casa, entre provas, trabalhos, faxina.
Minha vida tá parecendo a música dos paralamas, "capitão de indústria"

Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu corro prá trabalhar
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei

O pior não é o excesso de coisas, pois estou onde quis estar e não reclamo, o pior é a ansiedade que corrói. O desejo de fazer tudo certo e bem, a auto-cobrança. Como não ser assim? Onde desliga esse botão chamado "perfeccionismo e auto-cobrança"? Será que isso é genético? Cultural? Social?

O tempo passa e isso parece um grande círculo vicioso! O ócio me deixa infeliz, por isso me envolvo com mil coisas ao mesmo tempo e quero fazer muito bem todas elas. Mas, ai vem o medo de errar que nos "congela", nos aflige. A ansiedade, a preocupação, são nada menos o medo do futuro, mas o que temer tanto? Por que temer o que não é controlável? Será que é por isso? Medo do desconhecido? Do que não é controlável?

O mais engraçado é que sempre tive um grande sentimento de que tudo dará certo no final. Não sei se é influência de muita animação da Disney quando eu era criança, mas tenho essa certeza (ou ilusão). Talvez o grande mal está em pensar tanto, mas como dar uma folga para a razão?

Por que temos conciência de algumas coisas mas não conseguimos mudá-las?

Um comentário:

Anônimo disse...

Querida amiga,
não lhe trago respostas, mas o amparo de lhe comunicar que passo pelas mesmas questões, sensações, angústias, cobranças... Ansiedade, perfeccionismo porque fazemos isso com a gente mesmo? Bem, mas essa semana foi dia do professor, dia das crianças e consegui 2 dias de folga, um luxo! Folga pra ficar em casa, planejar, corrigir, mas sem ir pra escola. Vamos combinar, já é ótimo, não? Consegui um certo "tempo de ser" recentemente e essas questões ficaram mais amenas depois que me permiti um dia inteiro com sorrisos de crianças sem preocupar-me em dar lhes lições, bem pelo menos não intencionais.
Saber que não é a única conforta?
Beijo grande,
Mariana
Ah, feliz dos professores, na certeza que ainda vale a pena!