domingo, 25 de abril de 2010

Poliana

Nesse final de semana, trabalhei para substituir uma amiga. Fato é, que mesmo que se goste muito do que faz, ninguém gosta de trabalhar no fim de semana. Quando chegamos para trabalhar no quinta, em meio a dois feriados, começamos a brincar, vendo o lado positivo dizendo coisas do tipo "o dia está muito bonito", "estamos trabalhando com pessoas agradáveis", entre outras coisas. Uma das pessoas presentes disse, em tom crítico, que não aguenta essa mania de "Poliana". Para quem não faz idéia do que isso quer dizer, Poliana é a personagem de um livro homônimo que é feliz mesmo diante de grandes problemas. Eu mesma nunca li esse livro, mas acho que tenho uma tendência mesmo de ser "Poliana", de ver sempre o lado bom das coisas. Frequentemente me pego pensando como sou uma pessoa privilegiada, afinal tenho casa, emprego, saúde, pessoas queridas ao meu redor. Mas, fiquei intrigada com o tom crítico de minha colega de trabalho, afinal, que mal há em ver o lado bom de cada coisa? A vida é feita de perdas, pois para cada escolha, estamos abrindo mão de possibilidades, e muitas vezes lidamos com situações que não escolhemos, somos submetidos. E ai entra meu lado Poliana mesmo: contra o que não podemos controlar, podemos escolher por 1-não aceitar ou 2-aceitar, aprender e explorar novas possibilidades. Não sou a favor de diminuirmos nossos sofrimentos ou ignorá-los face a tantos problemas maiores que temos no mundo. Mas acredito que temos que nos enchergar como humanos, logo cheio de limitações e possibilidades. Respirar fundo e seguir adiante, trocar experiências e vermos que não estamos sozinhos em nossas questões.

2 comentários:

Luz disse...

E viva o jogo do "contente"!!!

Aline Alencar disse...

Fazia tempo que não passava por aqui... Loucura dessa minha vida. hehe Bom, adoro ler o que vc escreve sobre o cotidiano... Me sinto tão humana! kkkkk Bom, viva o jogo do contente! Mas, ainda desconfio dele...