quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O que aprendi em 2009

Fazendo aquelas tradicionais reflexões de fim de ano (e olha que este fim de ano me obrigou a refletir muito) fiquei pensando no que quero para o ano que vem, mas também no que aprendi com o ano que passou.
Parei para pensar que todos os anos da minha vida são melhores do que o anterior, o que me faz pensar que ano que vem será o melhor da minha vida, assim como os outros que virão (Espírito Sagitariano).

Mas falando ainda de 2009, há umas duas semanas, tudo o que eu queria era que ele acabasse logo e que eu pudesse dormir e só acordar em 2010. Mas hoje, pensando, antes de fazer uma lista do que eu quero fazer no ano que vem (as famosas resoluções de ano novo), vou fazer uma lista de algumas coisas que aprendi neste ano que ainda não acabou:

1- A maior limitação de nossas vidas é a nossa mente. Passei o ano convivendo com pessoas maravilhosas que usam a maior parte do tempo se limitando mentalmente. É preciso aprender a se permitir (como diria o Lulu Santos em Tempos Modernos).

2 - Quando eu me senti sozinha, pessoas maravilhosas e especiais apareceram na minha vida e eu deixei que elas entrassem e não me preocupo se elas não estiverem mais aqui no ano que vem. Só o tempo que eu convivi com elas foi bom e único, as experiências fazem parte de mim, e o apego só traria sofrimento. É tão bom poder respirar fundo e sentir a leveza do desapego.

3- Devemos viver com alguém que esteja sinceramente disposto a fazer isso. Disposto a construir e não a encontrar uma receita pronta ou a "salvação" em alguém. Felicidade e bem estar não vem em pacote de sopa instantânea, nem é igual ao que vemos na T.V.

4- Devemos estar inteiros, pois o mundo é um moinho, tritura nossos sonhos e a vida continua, as pessoas assistem e acham tudo "natural", não lutam, não se apoiam, se conformam. Nós é que temos que pegar a mistura e nos reinventarmos.

5- Quando estamos abertos, na vida as coisas se encaixam, acontecem. As "coincidências" acontecem, mas eu não acredito em coincidências e sim em sincronicidade e na conexão com a energia suprema. Por isso é preciso estar disposto. Disposto a viver e ser feliz.

Como sempre digo, essas são as minhas idéias, e não receitas para ninguém. Apresar de usar os verbos "dever", "ter", acho que cada um deve e tem que fazer o que acha que é bom para a sua vida, desde que nesse caminho, respeite os outros.

Ser feliz é uma escolha e não um estado de espírito!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Ah... Sensatez

Pense em um adjetivo para me definir!

Acho que aproximadamente 80% dos meus amigos diriam: sensata.

Tudo isso começou quando eu era criança. Meus amigos e familiares já me achavam sensata, mas essa idéia começou a ganhar força mesmo durante a faculdade. Essa coisa de me acharem muito sensata já me incomodou muito e segundo uma amiga, eu até já tomei atitudes tentando "fugir do rótulo", mas ainda segundo ela, isso não deu certo, tanto que ela escreveu mais ou menos isso na minha frase de formatura.
Dei uma olhada no dicionário e descobri que sensato é aquele que tem bom senso, é ajuizado e prudente. Bom, mas o que é ter bom senso? Ainda segundo o dicionário, senso é 1. Faculdade de julgar, de raciocinar 2. Siso, juíso, tino. Siso??? Isso é engraçado, pois o dente siso é o dente do juízo e eu tenho os 4 nascidos e crescidos, não arranquei nenhum.

Bem, lendo o dicionário, até achei mesmo que sou uma pessoa sensata e minha vaidade sagitariana se manifestou, mas o objetivo desse post não era falar sobre isso e sim falar sobre a mania que meus amigos tem de me acharem sensata.

Em geral, isso se manifesta mais quando eles vem desabafar ou pedir conselhos sentimentais. Baseados nessas questões recorrentes, resolvi fazer uma lista sobre a minha visão em relação a essas questões. Veja essa é MINHA opinião. Cada pessoas encara a vida de um jeito singular então, nada é regra e nenhuma idéia se aplica a toda a humanidade.

Ai vão algumas idéias minhas e algumas considerações sobre elas:

1. Não faça de ninguém sua redenção.
Redenção quer dizer salvação. Não ache que ninguém é sua salvação. O amor romântico se baseia na idéia de que alguém pode te completar, ser sua alma gêmea. Isso é besteira. Sabe aquela insatisfação e falta de plenitude que você sente? Sinto muito, você vai sentir isso até morrer, não vai haver ninguém que resolva isso. Quando estamos apaixonados, temos a falsa sensação de que completamos o que faltava em nós mesmos, mas quando a euforia da paixão passar, isso volta. Essa crise existencial é própria da existência humana, do fato de nos reconhecermos como sujeitos, e não há nada que a cure, felizmente, pois é isso que nos move. Só devemos aprender a lidar com essa angústia com mais tranquilidade.

2. Não dependa de ninguém para ser feliz.

Felicidade é uma coisa muito subjetiva. Cada um tem um cojunto de atitudes e coisas que estimularão sua felicidade. E se somos indivíduos diferentes, ou seja, com diferentes receitas de felicidade, como alguém pode ser a resposta para a nossa receita? Um bom parceiro pode ser um bom ingrediente, aquele que dá um toque especial ao bolo, como por exemplo a canela, a baunilha, mas não há ingredientes indispensáveis, com criatividade, tudo pode ser modificado.

3. Não passe sua vida esperando estar com a pessoa ideal para ser feliz.

Bom, eu nem acredito nessa coisa de pessoa ideal. Quem me conhece sabe da "teoria dos seis bilhões". "Existem seis bilhões de pessoas no mundo. Excluas as que não te interessariam e ainda sobra muita gente interessante." Nada no mundo é insubstituível, nem você. Nascemos, crescemos e estamos caminhando para a morte, então permita-se viver, errar, acertar, mudar de opinião.

4. Seja paciente com as pessoas.
Essa dica vale inclusive para mim, e acho que é a mais difícil. Por que esperamos tanto das pessoas? Quer dizer, todos nós estamos nesse barco estranho que é a vida. Temos fragilidade e fraquezas, então por que estamos tão intolerantes uns com os outros? Isso não quer dizer que temos que aturar ninguém, nem deixar de julgar os outros. Essa coisa de não julgar para mim é uma das maiores hipocrisias que existem. Todo mundo julga todo mundo o tempo todo, o que muda é como as pessoas manifestam esse julgamento. Mas, acredito que, não devemos deixar que o que consideramos como "defeito" no outro nos afete. Alguém é falso ou inconveniente? Ignore. Mas ignore do fundo da sua alma. O que isso importa na sua existência? Buda nos ensinou que tudo é transitório e que o apego gera o sofrimento. Logo o defeito de alguém e a própria existência dessa pessoa são transitórias, assim como a sua, logo, não esquente muito a cabeça.

A saideira e a conta!

sábado, 21 de novembro de 2009

Fim de ano chegando e temos aquela velha mania de começar a pensar como tudo foi e o que queremos que seja diferente no ano que vem. Ainda não dá para fechar o balanço de 2009 mas posso dizer que o desafio do ano foi lidar com pessoas.

Nunca me achei uma pessoa pragmática, pois analiso muito tudo dentro da minha cabeça, e acho que isso não é coisa de gente pragmática, mas ouvindo a maioria das pessoas com as quais eu convivo falar, passo a pensar que as pessoas são muito escravas de "jogos mentais" que elas mesmas criam.

Outro dia, ouvindo um casal de amigos falar sobre o que eles acreditam em relação a relacionamentos amorosos, eu fiquei até cansada de ouvir e tentar entender o número de considerações que eles faziam sobre o tema.

"As pessoas viajam." Quantas vezes eu me peguei pensando isso esse ano. O que me faz pensar se realmente as pessoas "viajam" em jogos neuróticos, ou se sou eu que não consigo compreender as pessoas. Tenho sentido cada vez mais uma grande impaciência para assuntos em que as pessoas fiquem conjecturando sobre a vida e os outros. Me dá vontade de dizer: viva. Não fique conjecturando. Deixe isso para questões mais existenciais ou metafísicas. Não se importe tanto com a opinião da maioria das pessoas, elas são efêmeras, mas podem te engessar, te impedir de viver de ser feliz e de nada valem para a tua existência. São só opiniões externas e incontroláveis, que em geral, nada refletem o que você é.
Tem gente que dá vontade até de sacudir para ver se sai desse transe.

Enfim... Estou passando por uma fase de grande impaciência com o próximo, rs;

domingo, 25 de outubro de 2009

Cansada e feliz!

Bem, a vida é mesmo dinâmica. Após o meu último post-desabafo-reclamação, tive duas semanas de intenso trabalho e satisfação.

Ontem foi o evento no CEDERJ da SNCT que eu ajudei a organizar. Tudo deu muito certo graças ao envolvimento de todos e um bom trabalho em equipe. Ainda fechei o dia com chave-de-ouro assistindo a uma palestra sobre nascimento, vida e morte das estrelas do clube de astronomia de Friburgo.

Para aproveitar as idéias de uma das palestras de ontem, que foi ótima, escrevi sobre ela no blog que eu mantenho para os meus alunos.

domingo, 18 de outubro de 2009

Um bom motivo para subir a serra no próximo FDS

Bom, nesse sábado teremos os eventos da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia aqui no pólo de Nova Friburgo.

A programação segue abaixo:

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

No limite! E não é reality da globo.

Chegou o tempo de parar e re-avaliar. Sei que isso parece coisa de ano novo, fico até me imaginando tipo a Bridget Jones: "cigarros:20; doses alcóolicas:10; peso: 64kg resoluções de ano novo:5" mas e sempre tem um mas, não fumo, não bebo tanto; não quero emagrecer e ainda não é ano novo.
Mesmo assim, cheguei ao meu limite e hoje, parei para pensar, me permitir, sabe, que nem aquela música do Lulu Santos?

Estou chegando ao meu limite do estresse. Trabalho 43 horas por semana só nos trabalhos, sem contar o que faço em casa, entre provas, trabalhos, faxina.
Minha vida tá parecendo a música dos paralamas, "capitão de indústria"

Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu corro prá trabalhar
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei

O pior não é o excesso de coisas, pois estou onde quis estar e não reclamo, o pior é a ansiedade que corrói. O desejo de fazer tudo certo e bem, a auto-cobrança. Como não ser assim? Onde desliga esse botão chamado "perfeccionismo e auto-cobrança"? Será que isso é genético? Cultural? Social?

O tempo passa e isso parece um grande círculo vicioso! O ócio me deixa infeliz, por isso me envolvo com mil coisas ao mesmo tempo e quero fazer muito bem todas elas. Mas, ai vem o medo de errar que nos "congela", nos aflige. A ansiedade, a preocupação, são nada menos o medo do futuro, mas o que temer tanto? Por que temer o que não é controlável? Será que é por isso? Medo do desconhecido? Do que não é controlável?

O mais engraçado é que sempre tive um grande sentimento de que tudo dará certo no final. Não sei se é influência de muita animação da Disney quando eu era criança, mas tenho essa certeza (ou ilusão). Talvez o grande mal está em pensar tanto, mas como dar uma folga para a razão?

Por que temos conciência de algumas coisas mas não conseguimos mudá-las?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Muito trabalho e tecnologia e pouco tempo!

Não tenho escrito nada em função da total falta de tempo.
Bem, nisso, eu voltei ao twitter, porque lá eu escrevo pouquinho né?!
Dessa vez eu até que tô achando melhor, assim eu escrevo algo por lá e talvez até alguém me responda, o que não acontece aqui no blog, apesar das frequentes visitas.
Foi bom que com isso, eu aprendi a colocar uma imagem com link no blog, coisa que eu não sabia fazer antes.
Dá para ver bem ai do lado, ó... É o passarinho cor de rosa. Clicando nele chega-se no meu profile no twitter. Também consegui colocar uma espécie de resumo do que eu escrevo por lá aqui no blog, mas não sei se eu gostei disso.
Bom, pelo menos eu percebi que perder tempo com essas inutilidades do meu blog serviu para eu fazer um blog razoável para os meus alunos. Eles aprovaram, apesar de também fazerem poucos comentários. Pelo menos eles comentam pessoalmente.
Bom, vou parar por aqui com esse papo de blogueira carente. rs

domingo, 13 de setembro de 2009

Novo Blog

Agora tenho um novo blog.

Os pensamentos isabelescos continuam, o outro blog é só para fazer uma espécie de diário sobre o que estou ensinando para meus alunos do Segundo Ano do EM.

O link é http://biocnsd2000.blogspot.com/ e sugestões e dicas de colegas professores [ou não] são muito bem vindas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Gripe Suina

Tenho lido muito a respeito da gripe A por demanda dos colégios e dos próprios alunos.
Para quem é professor ou para qualquer pessoa que ainda esteja com dúvidas sobre o assunto, recomendo uma entrevista publicada no portal G1.

Entre outras coisas a reportagem explica que apesar de quase 100% dos casos da nova gripe evoluirem para a cura, a mobilização em torno da doença deve continuar pois o vírus é novo e suas características são desconhecidas e além disso, "a nova gripe pode afetar gravemente pessoas com sistema imune mais forte, ao menos em certos casos. O principal risco associado à doença é uma inflamação severa dos pulmões, que pode levar à insuficiência respiratória, ou seja, incapacidade de respirar direito."

Uma outra reportagem no mesmo portal fala sobre a falta de comunicação entre os grupos de pesquisa sobre as característica do novo vírus, devido à falta de publicações e à dificuldade de obtenção de amostras com médicos que tratam os doentes.

Vale a pena dar uma conferida.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Adeus Twitter

Hoje jaz o meu profile no Twitter.
Ainda não entendi p/ o que aquilo serve e pq tem tanta gente "twitando".
Acho que eu não sou tão antenada assim. urf

quarta-feira, 29 de julho de 2009

15 minutos - professor

Ok, tentei não falar nada sobre trabalho agora nas férias, mas acabei de ver no youtube o programa 15 minutos com o Marcelo Adnet - que é muito engraçado - sobre o professor.

Ai vai, sem mais comentários, câmbio e desligo.



quarta-feira, 22 de julho de 2009

comidinha

Bem, como eu falei na última postagem, uma das minhas angústias é a qualidade da minha alimentação. A mídia fica toda hora dizendo que devemos comer bem, de forma diversificada, reduzindo açúcar, gordura. Facinho, né?!

Não me preocupo em emagrecer não, mas sim com a minha saúde agora e mais p/ frente.

Mas comer bem é difícil pois tem várias coisas gostosas que não são muito saudáveis e várias coisas que ora dizem que fazem bem, ora dizem que fazem mal.

De qualquer maneira, acho que a melhor forma de comer bem é preparar a própria comida. Assim, eu sei que não tem conservantes, aditivos e consigo comer de forma diversificada. Mas e a falta de tempo?

Mesmo assim, estou tentando e percebi que essa mudança (que ainda está longe do ideal) está sendo benéfica. Na semana passada fui ao Rio e fiquei 3 dias comendo besteiras e vi o quanto isso interferiu no meu bem estar. Você pode até achar que não faz diferença, mas só fazendo para saber.

Bem, a única questão é que eu não sabia cozinhar muitas coisas além de arroz e ovo frito, assim, estou aprendendo e descobri que fazer muitos legumes é ótimo para quem não sabe cozinhar.

Hoje fiz grão-de-bico. Ficou muito bom. Bastou cozinhar o grão-de-bico e depois refogar com cebola, alho-poró e acrescentar tomate picado e pimentão amarelo. Acho que para quem gosta de comer frio, pode acrescentar uns cubinhos de queijo minas, deve ficar mto bom também.
Para acompanhar, fiz um arroz com vários grãos (incluindo quinua) que eu comprei no mundo verde, muito bom. Esse arroz é meio caro, mas como eu cozinho p/ 2 pessoas, rende bastante.

Quero deixar claro que não sou nutricionista, só quis dar uma dica de comida fácil de fazer e aparentemente saudável.

Falando em comer, vou fazer isso, o difícil é evitar a sobremesa.
(Bom, p/ isso tenho feito frutas cozidas no microondas com mel, é só cortar, p. ex. uma maçã, colocar 3 min no micro e depois colocar mel e canela - muito bom).

Maquiagens e auto-cobrança

Tem bastante tempo que eu não escrevo por aqui. Estou de férias e o que me motivou a escrever foi divulgar um Blog que eu descobri e que estou viciada chamado: "Vende na Farmácia".

Fiquei me perguntando o que escrever sobre ele, afinal, é um blog sobre cométicos e maquiagens boas e baratas, o que distoa em muito das outras coisas que escrevo aqui, pois geralmente falo sobre questões da minha vida como professora e questões filosóficas-existenciais, rs, da minha vida pessoal.

Bom, curtir um blog sobre maquiagem, me faz ter um pouco de sentimento de culpa, afinal, maquiagem é uma coisa inútil e consumista, pois é fato que quem gosta de maquiagem sempre compra um monte de coisas e que a maioria delas nem será usada (especialmente aquelas compradas em livretos).

No meu dia a dia como dona de casa, vivo uma eterna angústia,tentando ser uma consumidora consciente, lavando lixo reciclável, procurando lista de trangênicos para não comprá-los, fazendo comida para evitar ao máximo ingerir conservantes, gordura trans, agrotóxicos, dioxina, arf, enfim, é muito difícil e cansativo ser politica e ecologicamente correta. O próprio blog sobre maquiagem eu achei em uma reportagem sobre cosméticos que não são testados em animais.

Além de todas essas preocupações, eu ainda tenho que ser uma profissional bem sucedida, economizar dinheiro, praticar esportes, comer comidas saudáveis, ter uma boa aparência, ser simpática e ainda por cima me divertir.

Enfim, tudo isso as vezes é muito cansativo.

Mas tenho tentado sem culpa gostar de maquiagem, comprar roupas, ver a Ana Maria Braga de manhã e etc.

Além do blog, estou lendo um livro chamado "Casais inteligentes enriquecem juntos", o que tem ajudado a me organizar financeiramente, mas que me faz sofrer pois fico num dilema entre comprar ou não maquiagem. Além disso fico em uma grande angustia entre fazer ou não meus adorados lanchinhos da tarde em cafeterias e tomar meus chopinhos(quanto eu economizaria em um mês se não fizesse isso?). O livro é bom, e não é xiita, eu é que sou angustiada mesmo. Serve tanto para casais quanto para solteiros que querem estruturar sua vida financeira.

Por fim, gostaria de dedicar essa postagem a minha amiga Aline, a qual lembrei muito escrevendo tudo isso e com que certamente irá adorar o blog, o livro e tb adora um chá da tarde bem servido, com muito menos sentimento de culpa.

domingo, 10 de maio de 2009

Cem anos depois...

Bom, estou há algum tempo sem escrever, devido a várias questões que depois até pretendo comentar.
Mas hoje, vou abandonar um pouco o lado professora e retomar o meu lado bióloga que estava deixado um pouco de lado e do qual tenho sentido saudades.

Mas falando sobre o assunto que me motivou a escrever:

Recebi um e-mail de um amigo com uma entrevista feita com o professor Ricardo Iglesias, que na minha opinião é uma das pessoas mais inteligentes que eu já conheci. Ele fala sobre o Darwin, o qual tem sido muito falado devido ao centenário da publicação de seu famoso livro "A Origem das Espécies".
A entrevista é muito boa e além de tudo, o prof. Iglesias comenta sobre a importância de Darwin como pai (ou mãe, como ele mesmo brinca) de várias áreas da biologia.

É realmente impressionante como certos pensadores atravessam séculos através de suas idéias e que até hoje a teoria da Evolução não tenha sido razoavelmente contestada. Em contrapartida, também é impressionante que a mesma teoria seja tão erroneamente confrontada com o pensamento religioso. A entrevista também fala sobre isso.
Vale a pena conferir!

Ela pode ser baixada em MP3 em http://cienciahoje.uol.com.br/files/ch%20on-line/podcast/028%20-%20O%20misterio%20dos%20misterios.mp3

Vale também conferir as outras entrevistas do Instituto Ciência Hoje.

Até a próxima!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Oficina de Astronomia




Depois de um longo tempo sem escrever devido a falta de conexão doméstica, estou de volta.
Inspirações não faltam, afinal, neste ano, a vida docente tem sido senão perfeita, até porque perfeição não existe, muito boa.
Parece que os conflitos finalmente deram lugar aos desafios. E desafio é bom, porque dá para resolver.

Comecei em um colégio novo, começarei em um trabalho novo, muitas possibilidades...
Estou fazendo uma oficina de Astronomia em um dos colégios por causa do "Ano Internacional de Astronomia" (IYA 2009). Para mim tem sido uma experiência interessante, já que eu nunca aprendi nada (pelo menos oficialmente) sobre astronomia e sempre relutei um pouco a dar aula sobre o assunto.

Tenho descoberto que os alunos de sexto ao nono ano se interessam muito sobre o tema, e afinal, saber como é o universo acaba sendo uma curiosidade natural do ser humano.

Gostaria de fazer um outro blog relatando as experiências e disponibilizando os materiais dessa oficina, mas a falta de tempo está enorme.
Vou tentar fazer isso por aqui mesmo. Mas primeiro preciso aprender a disponibilizar arquivos pdf.

Ainda sobre o ano internacional de astronomia, entre os dias 2 e 5 de abril haverá um projeto 100 horas de astronomia no qual várias atividades serão realizadas por observatórios, universidades, clubes de astronomia e etc no mundo todo e parece que o Brasil está em segundo lugar no mundo em termos de atividades inscritas.
Segundo o site brasileiro sobre o IYA2009 o "objetivo principal do 100 Horas de Astronomia é dar oportunidade ao maior número de pessoas, pela primeira vez em sua vida, de observar o céu por meio de um telescópio, tal como fez Galileu há 400 anos atrás."

Dá para imaginar? Há 400 anos atrás ninguém tinha olhado o universo através de uma luneta, até que Galileu o fez. E olha que a Astronomia já existia muito antes disso, só que tudo era feito a olhu nu! Hoje qualquer pessoa pode comprar uma luneta.

Aproveitando, quem por acaso tiver uma luneta, aproveite para apontá-la a noite para o cruzeiro do sul. Entre as estrelas que compõem a constelação, é possível observar várias outras, bem coloridas, o que faz com que o cruzeiro do sul também seja conhecido como "caixa de jóias".

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Vik Muniz


Olha, eu não costumo dar "dicas culturais" tipo "segundo caderno", mas no último final de semana fui ver uma exposição no MAM do artista plástico Vik Muniz.
Ele faz umas composições que brincam com as escalas de tamanho entre a figura e os objetos que a formam.

Além disso, ele tem um grande estudo sobre materiais e brinca com as cores. Bom, eu não sou crítica de artes então é só minha opinião de leiga.
Além da exposição, tem o aterro do flamengo que é lindo.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Qual é mesmo o sentido da escola?

Bem, hoje, eu comecei a planejar minhas aulas de 2009.
Na verdade, comecei a preparar minha primeira aula, pois pensei em começar discutindo com os alunos sobre a importância da escola na vida deles.

Tenho a sensação que talvez serei a única professora em minha escola a fazer isso, afinal, muitos acham que não se deve perder tempo falando sobre isso pois há muita matéria a ser dada ao longo do ano.
Em meu pouco tempo como professora, tenho percebido, que muito do que se ensina está para além da matéria. Boa parte dos meus alunos carece de ter um adulto com quem conversar sobre a vida e, além disso, o ensino de conteúdos fragmentados parece para eles cada vez mais sem sentido (e de fato o é).
Cinquenta minutos de matemática, mais 50 de português... Um português, diga-se de passagem, longe daquele que eles falam e escrevem.

Ano passado, em meio a um início de trabalho caótico, resultado da total falta de planejamento, já que fui chamada em um dia e fui "jogada" em sala de aula no outro, resolvi fazer uma discussão com os alunos que terminou em questionar a eles sobre qual era o sentido da escola e da aprendizagem para eles. Ouvi de um aluno a seguinte afirmação: "a escola não serve para nada em minha vida". Para amenizar os ânimos, eu ainda tentei fazer uma piada e perguntar para ele se a escola não serviria nem para "comer merenda" e ele voltou a afirmar: "não, não serve para nada, nem para comer merenda".
Pode ser, que esse aluno seja um caso extremo, mas o fato é que, lendo as respostas dos alunos, vi que a maioria não via mesmo muito significado na escola. Os poucos que viam, entendiam a escola como uma escada para conseguir melhores empregos.

Decidi que esse ano, eu começaria então discutindo com eles qual seria o sentido da escola. Por que eles passariam tantos anos de sua vida naquela intituição? E para isso usarei parte do texto encontrado no site do projeto "Todos Pela Educação".

Não tenho uma visão crítica sobre esse projeto e nem mesmo entendi até agora quem é o responsável por ele, ou seja, se ele é um projeto governamentel ou não, mas ele traz textos simples sobre como transformar a educação de qualidade e na parte que se dedica aos alunos ele traz as seguintes informações:

O que uma boa Educação traz para você?
Quem tem mais anos de estudo:
- tem hábitos de vida que trazem mais saúde e melhor qualidade de vida
- tem menos chance de entrar no mundo do crime e da violência
- fica menos tempo desempregadas
- consegue trocar de emprego com mais facilidade
- tem salários mais altos


Bem, esses dados são fundamentados em uma bibliografia encontrada no próprio site do projeto. Dos cinco itens, 3 estão relacionados ao mercado de trabalho, o que reforça a idéia de alguns alunos sobre a relação escola X mundo do trabalho. Já conheci algumas pessoas que são contra essa relação, pois vêem outras atribuições a escola e ao ensino. Eu não tenho uma base teórica para discutir isso, mas acho que se a escola pretende dar ferramentas para o desenvolvimento pleno do indivíduo (como cita a LDB), não podemos perder de vista essa relação.

Depois de discutir com eles a importância da escola, pretendo falar sobre a importânca do aprendizado de Ciências. Isso já é um capítulo a parte. Estou ansiosa para saber as visões deles sobre as duas coisas.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Eu não queria, mas não resisto

Bom, ano novo, "vida nova".
O orkut realmente é um bom outdoor e o número de visitas ao blog tem aumentado bastante!
Voltei ao "pretinho básico" e ia escrever sobre algo que tem pouco a ver com a área de educação. Isso porque essa semana vi o filme novo do Wood Allen: Vicky Cristina Barcelona, que por sinal é muito bom, e ia comentar sobre a personagem Cristina, com qual a insatisfação me identifico, mas eis que recebi hoje um e-mail com uma carta a Secretária Municipal de Educação com a qual também me identifico (e muito).
Eu Poderia até dizer que fui eu quem escreveu, sem querer roubar a autoria, mas é porque as idéias são muito parecidas. Eu só talvez não me alongasse tanto no final, porque é bem grande, mas "coragem": Vale a pena ler até o final!
Bem, segue abaixo o texto recebido:

Carta aberta à futura Secretária de Educação do Rio de Janeiro,
Cláudia Costin

por Declev Dib-Ferreira [ 30/11/2008]
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Prezada Cláudia,

Sou funcionário do município do Rio, professor de Ciências.Tenho este
cargo
por mérito próprio, por passar em um concurso, há quase 5 anos - não
tenho
cargo por indicação política.

Li uma matéria com uma entrevista sua nO Globo, dia 08 de novembro de
2008,
página 18.

Na ocasião, algumas frases e propostas me chamaram a atenção. Tanto
pela
inocência quanto pela maldade das mesmas.

Gostaria de, mui respeitosamente, discutir alguns pontos. Vejamos?

1 - Você diz que pretende "investir na qualificação de professores,
que
poderão ganhar computadores portáteis".

Eu agradeço muito o computador, porque estou precisando, pois o meu
pifou.
Mas isso, siceramente, não creio que seja investir na qualificação do
professor. Já tive a oportunidade de escrever sobre isso por aqui,
quando da
mesma compra pelo Estado.

Tenho um amigo que ficará com 5 computadores portáteis em casa e não
sabe o
que fazer com tantos. Ele e a esposa são professores, ambos do Estado e
da
prefeitura do Rio. Já tinham um, ambos ganharam do estado e ambos
ganharão
da prefeitura.

Professores, cara futura secretária, querem salário decente. Com ele
podem
comprar seus próprios computadores. E muitos já o fizeram, pois o
preço
baixou bastante. Eu mesmo ia comprar um - como eu disse, o meu pifou -
mas
não vou. Estou esperando ganhar. Mas preferia um bom aumento de
salário para
comprar o que eu próprio escolhesse e ainda aumentar minha renda.

2 - Você faz uma pergunta: "Por que uma cidade que tem tantos mestres e
doutores de qualidade não consegue fazer um Ideb compatível com os de
países
desenvolvidos?" .

O Demétrio Weber já respondeu, mas eu insisto em te responder esta
pergunta
também.

E o principal motivo é simples: porque mesmo sendo mestres ou doutores
de
qualidade, temos que trabalhar em dois, três, quatro ou mesmo em cinco
lugares diferentes pra poder somar renda e ter um salário "compatível
com os
de países desenvolvidos" !!!

Sem contar as condições em que trabalhamos, secretária, que nem de
longe é
"compatível com os de países desenvolvidos" .

A pergunta seria ao contrário: "por que não tratamos como os países
desenvolvidos os nossos tantos mestres e doutores de qualidade?".

3 - Por fim, sua maior pérola, a frase "Quando um aluno é reprovado,
é sinal
que o professor falhou".

Fico muito muito muito apreensivo que uma pessoa que tenha este
pensamento
venha a coordenar a maior rede municipal da América Latina.

Pra facilitar o entendimento da minha lógica - que pode ser muito
profunda
pra quem nunca entrou numa sala de aula do ensino fundamental de uma
escola
encravada numa favela - farei um paralelo com o médico.

Imaginemos uma pessoa que desde que nasce não tem cuidados médicos,
não se
cuida, não faz exercícios, não se alimenta direito, bebe, fuma, é
sedentário, estressado etc.

Essa pessoa passa mal e vai ao médico. O médico receita remédios e
faz uma
série de recomendações dizendo que, se não seguir, ele pode morrer.
O doutor
marca uma nova consulta para daqui a alguns meses, para verificar o seu
progresso.

A pessoa não fez nada do que o médico receitou e ainda faltou à
consulta.

Passa mal de novo e vai ao médico. O doutor dá uma bronca, faz as
mesmas
recomendações, passa as receitas novamente, marca uma nova consulta.

O paciente, mais uma vez (ou muitas vezes), não faz o que o médico
manda e
morre.

O médico falhou?

Pela sua lógica, "quando um paciente morre, é sinal que o médico
falhou".

Oras? garanto que neste caso a senhora achará que o culpado é o
paciente, já
que o médico fez de tudo para salvá-lo?

Será que o professor também não o faz?

Mas vamos examinar o nosso caso. Por partes e desde o início.

a) quando a criança foi concebida, quem falhou foram os pais, que
souberam
gozar mas não evitar a gravidez;

b) quando a moça estava grávida falharam ela, o pai, a família e o
Estado
(assistência social, hospitais), que não deram a ela e ao feto um
pré-natal
decente - ou mesmo nenhum pré-natal;

c) quando ele nasceu e era um bebê cheio de necessidades falharam os
pais
que colocaram no mundo uma criança sem ter condições mínimas de
criá-lo e
falhou o Estado (segurança alimentar) em não dar a ele o que
necessitava
para seu pleno desenvolvimento;

d) quando ele era uma criança falhou o Estado mais uma vez por não
oferecer
a ele a pré-escola, tão importante no desenvolvimento intelectual e
psicomotor nesta idade. Não obstante este ser um direito garantido pela
Constituição Federal:

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de:

IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis
anos de
idade;

e) nesta mesma idade e até tornar-se o adolescente ao qual a senhora se
refere - aluno do fundamental - falham o Estado, as polícias, os
bandidos,
os filhinhosdepapai, os atores da Globo, os artistas e todos aqueles que
usam drogas, ao condená-lo a viver em um local extremamente violento,
com
disputas entre facções rivais, com invasões desumanas de policiais em
suas
casas e um cotidiano de estatísticas piores que de guerras;

f) quanto à sua moradia, falham os políticos filhosdaputa, o Estado
(habitação), o empresários, os especuladores, por fazê-lo viver em
submoradia, sem o mínimo de conforto, sem espaço para ele, com uma
densidade
demográfica japonesa dentro de sua casa;

g) falham os publicitários que mentem para que ele não seja ninguém
se não
tiver o que ele não pode ter;

h) falham as emissoras de telvisão ao entrarem diariamente em contato
com
ele com imbecilidades que não ajudam em nada seu intelecto;

i) falham os empresários de ônibus que o restringe de andar pela
cidade por
conta do preço da passagem e do péssimo serviço que oferecem;

j) falham os locais culturais que são inacessíveis a ele
(inacessíveis
financeiramente ou mesmo barreira-cultural- invisivelmente) ;

k) falha a sociedade como um todo que o quer longe;

l) falha a estrutura da escola que só o tem em um pequeno período do
dia,
deixando-o nas ruas no resto das 24h;

m) falha o Corpo de Bombeiros que carrega bandidos carnavalescos
desfilando
em carro aberto pelas cidades, ao mostrar que quem tem valor é quem tem
dinheiro, não importa de onde vem;

n) falham os jornais de grande circulação que estampam nas primeiras
páginas, praticamente todos os dias, as fotos e colunas de fofocas de
traficantes e outros bandidos - inclusive tenho um O Dia que tem a
primeira
capa toda falando do casamento de um traficante - glorificando quem é
bandido, mostrando a ele que esse é o caminho;

o) falha o Conselho Tutelar ao superproteger mesmo quando fazem merda,
nada
fazendo e não mostrando que além de direitos também tem obrigações;

p) falham as editoras de revistas que só colocam a preço de quase nada
as
revistas mais imbecis que existem, com fofocas e coisas do gênero;

Enfim, apesar de a Constituição prever que "A educação, direito de
todos e
dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração
da sociedade" (Art. 205), a senhora vem me dizer que "quando um aluno é
reprovado, é sinal que o médico professor falhou"?

Francamente.

É justamente o professor que está lá dentro, cara futura secretária
de
educação, com o aluno, diariamente, tentando fazer com que ele estude,
com
que ele dê valor ao estudo, com que ele aprenda!

Veja pelos exemplos abecedários que dei em cima, que o professor é
praticamente o único que quer que ele seja alguém pela educação; o
professor
que dá valor ao estudo; o professor que luta contra toda a merda que a
sociedade faz com ele desde antes dele nascer, para que ele se salve.

Veja, prezada futura, o que diz a Constituição Federal:

CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o
lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Quais destes direitos o Estado - do qual você tem íntima relação, a
ver
pelos cargos que já ocupou - oferece ao aluno - e com qualidade?

Quase nenhum, né?

E você vem me dizer que é o professor que falha, como se só o que
fazemos em
sala de aula é o que conta, é o que faz um aluno ter sucesso ou
não???

Francamente.

Assinado:

Um professor mestre doutorando que tem diversos empregos e mesmo assim
luta
para que seus alunos possam superar toda a merda que a sociedade faz com
eles para que possam ser alguém na vida e que, justamente por se sentir
incapaz de fazer isso com o que o Estado lhe oferece, não acredita em
reprovação.