terça-feira, 12 de outubro de 2010

Você já ouviu falar na expressão "Zona de Conforto"?

Bom, eu a ouvi pela primeira vez esse ano, de uma amiga psicóloga. Achei uma expressão intrigante. Se nunca ouviu, eu coloquei um link, mas se colocar essa expressão no google, terão várias referências.

Esse ano passei por situações com as quais não sabia e não queria lidar, mas não tive opção. É quase como estar dormindo, numa cama quentinha e ter que ir dormir em uma tábua de madeira. Lá se foi a Zona de Conforto embora.

Em meio a minha turbulência pessoal, a diretora de uma das escolas que eu trabalho, disse que devíamos preparar os alunos para "as rasteiras que a vida dá". Segundo ela, às vezes está tudo em ordem, e ai, vem a vida e desestrutura tudo.
Naquele momento, minha vontade foi de perguntar para ela:
1- Como se faz?
2- Como se ensina como fazer isso?
Bem, como não tive coragem de perguntar na hora, fiquei desde então pensando no assunto. Uma vez passei por grandes mudanças, e me sentia como se estivesse em um quarto bagunçado, tendo que re-organizar meus sentimentos, como roupas em um armário e livros em uma prateleira. Nessas horas, seria bom uma mágica, ou pelo menos telecinese, mas o fato é que só nos resta arregaçar as mangas e trabalhar.
O problema é que depois que está tudo arrumadinho, ajeitado, a gente se pergunta, por que mudar? Está tão bom assim, do jeitinho que eu gosto. E é ai que caimos outra vez na Zona de Conforto.
Há um mês atrás, vi que estreiaria um filme com a Júlia Robert e o Javier Barden chamado "Comer, Rezar e Amar". Me chamou atenção pelos atores, mas logo me lembrei que esse era um nome de um best-seller, e como eu já disse aqui, tenho preconceitos com best-sellers. Mesmo assim, gosto desses atores, de ir ao cinema, e de filmes "água-com-açúcar", logo, quis ir assistir. Mas, o que me chamou mais atenção foi que na sinopse tinha a descrição de uma personagem que precisou abandonar sua Zona de Conforto e, caramba, lá está a tal da expressão outra vez.
Fui assistir ao filme no sábado passado e adorei. Ele mostra uma pessoa que vai para outros países para se entender, se redescobrir, se conhecer. Mas, por experiência própria, não é preciso ir tão longe.
O drama do fim do filme é que depois de tudo isso, é preciso se abrir para os outros, confiar, dividir. Mas ai é difícil, né? O quarto já está tão arrumadinho, e do nosso jeito... Por que mudar?

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